terça-feira, 24 de julho de 2007

Lipidose Hepática: como detectar e o que fazer

Esta é uma doença observada principalmente em gatos entre o 4 e os 12 anos de idade. Os mais susceptíveis são os esterilizados, sobretudo as fêmeas, visto que é a população mais exposta à obesidade.


Como se desenvolve?


Esta doença desenvolve-se quando um gato obeso deixa de se alimentar. A anorexia psicológica detectada na espécie humana, pode ser desencadeada pelo stress: diversas doenças, mudança de hábitos ou de casa, a chegada de um novo animal, ou de outro ser humano, e também devido a uma mudança brusca na alimentação.

Anorexia

De facto, o gato caracteriza-se pela particularidade de não consumir aquilo de que não gosta: ao contrário do cão, pode “morrer de fome” diante de um comedouro cheio. Se existirem vários animais em casa, esta anorexia pode passar despercebida, tanto mais que o animal mantém o seu entusiasmo.
Por vezes o dono poderá constatar um ligeiro emagrecimento, que enventualmente até será do seu agrado. No entanto, a diminuição do peso corresponde tanto a uma perda de massa gorda, como também, de massa muscular, pois a renovação das proteínas corporais não é compensada pelas que são ingeridas.

Sinais da doença

Após alguns dias ou semanas de anorexia, o fígado deixa de funcionar e surgem os sinais de lipidose hepática: icterícia, encefalopatia hepática (olhar vazio, salivação excessiva), seguida em poucos dias por coma e a consequente morte do animal.
O diagnóstico confirmativo requer uma biopsia ao fígado, uma vez que os sinais não são específicos, correspondendo apenas a um bloqueio do funcionamento do órgão.

O que fazer?

O tratamento deve ser realizado sob a orientação de um Médico Veterinário. É essencialmente do foro nutricional e consiste na alimentação forçada do animal, através de uma seringa ou de uma sonda nasogástrica, com um alimento líquido ou semi-líquido específico, até que o gato readquira o apetite de forma espontânea.
Geralmente, o gato volta a alimentar-se espontaneamente ao fim 2 ou 3 semanas. O retorno à alimentação (semi-líquida e sólida) deve ser gradual, através do fornecimento de pequenas refeições. O prognóstico será favorável se a doença for detectada precocemente e se o tratamento for apropriado.

Prevenção

A prevenção desta doença requer a vigilância adequada de um gato obeso que esteja a perder peso. É importante verificar o apetite do animal aquando da adopção de um novo regime alimentar. Para além disso, qualquer alteração alimentar deve ser progressiva, substituindo a alimentação anterior pela nova, de forma gradual e no intervalo de 15 dias.






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